terça-feira, 12 de janeiro de 2010

A Penumbra do Adeus

Senti um raro frio naquele tardio amanhecer. A luz não se fazia entender e o girassol do jardim parecia perdido. Tudo se fez num misto de sombras de ilusões. O sono não os deixou acordar embora todos se encontrassem de pé. Os seus corpos embateram em mim da mesma forma que um condenado tomba sobre os joelhos. Não lhes li os olhos e mal lhes senti o pulso. Ainda dormiam quando me despedi deles. Palavras não se ouviram. Apenas lamentos mudos de tanto por dizer. O adeus na penumbra das emoções. Virei costas e as lágrimas caíram. Os seus braços acenaram até eu desaparecer. Espero que tenham voltado para a cama. Quem me dera também eu voltar a dormir. Mas sei que um dia a despedida teria de ocorrer. Eu agora preciso de me afastar deles. Não sei quanto tempo levarei a compreende-los. Mas sei que fazer esse caminho é compreender-me a mim próprio...

2 comentários:

Ni disse...

compreendermo-nos... n é esse o objectivo maior?
Bjos

Avec disse...

Agora que acabou,esta na hora de pensar em algo parecido noutros locais!O mundo e grande e ha muitas mais pessoas por ai para encontrar e quem sabe reencontrar!
Parabens pela coragem...