sábado, 29 de agosto de 2009

Sery Rith

Estou a banhos numa cidade chamada Sihanouville. Nos ultimos 2 dias e meio, entre lagostas, lulas, massagens, pulseiras e frutas, distribuii dinheiro por 8 pessoas diferentes. Todas querem ser parciais "Compras-me sempre a mim, esta bem?", mas todas se queixam da parcialidade "Nao ee justo. Por que ee que so compras a ela? Nos tambem vendemos e assim ajudavas mais pessoas". Sao centenas o numero de pessoas a vender coisas nestas praias, sendo que, a sua grande maioria sao criancas. A imparcialidade ee possivel, mas quando as pessoas nos falam de forma diferente (e cada qual sabe o que gosta de ouvir), as emocoes tomam conta das operacoes e la se vai a imparcialidade. Esta menina ee a Sery Rith e tem 12 anos. Nos ultimos 3 dias eu fui o seu melhor cliente e ela foi a minha melhor amiga. Todos os dias caminha pela praia com a priminha de 6 anos de nome Sery Cahn. Leva aa cabeca um prato com cerca de 7Kg de fruta e ao ombro um arco cheio de pulseiras, colares e afins. Vai aa escola apenas quando ha dinheiro. Ontem conseguiu ir pagar os primeiros 15 dias de Setembro. Gosta muito de matematica e de praticar conversacao em Ingles. Nesta fotografia estaa a fazer pulseiras com o nome das minhas sobrinhas. Aqui fica o enxerto de algumas conversas que tivemos.

J: Nao obrigado meu amigo. Eu ja tenho oculos de sol.
SR: Chamas a toda a gente de amigo?
J: Sim
SR: Essas lulas tambem sao teus amigos?
J: Sim, acho que sim.
SR: E tu comes os teus amigos??

J: Tenho pena daquele ceguinho, mas eu nao posso ajudar toda a gente, sabes?
SR: Deixa la, ele tem um dente de ouro.

J: Comprei duas pulseiras a outra menina.
SR: Por que nao me compraste a mim?
J: Tu nao tens deste estilo.
SR: E achas que eu nao sei fazer?
J: Sei la.
(Interrupcao na conversa. Sery Rith tira 3 fios da sacola e comeca a fazer uma pulseira exactamente igual aa que eu tinha comprado a outra menina)
SR: Toma, ee para ti.
J: Obrigado.
SR: Sabes, eu sou inteligente.
J: Eu sei disso
SR: E tu se es inteligente tambem agora compras-me uma manga.
J: Corta duas!

quarta-feira, 26 de agosto de 2009

As criancas sorriem sempre

Todas as capitais sao iguais. Barulhentas, caoticas. Sem principio, nem fim. Repletas de contradicoes. Phnom Penh assim o ee tambem. Nao sei bem o que pensar desta cidade. Sei apenas que amanha ja nao estarei aqui. Demasiado ruido. Muita informacao em simultaneo.
O regime Khmer Vermelho dizimou 3 milhoes de vidas em menos de 4 anos. Valas comuns, prisoes e instrumentos de tortura. O que me fica nestes dois dias sao mais uma vez as criancas. No agora museu, Killing Fields of Choeung Ek, encontrei uma arvore. Nao uma arvore aonde podemos encontrar uma reconfortante descanso. Esta arvore ficou conhecida como Killing Tree. O seu tronco era utilizado para matar criancas. Vidas arrancadas da mesma forma como se tira o po a uma almofada.
No Tuol Sleng Genocide Museum fui descobrir uma escola transformada em prisao de tortura. Salas de aula na qual jazem manchas sombrias de sangue derramado. No chao, no tecto, nas paredes. Perdi a conta aos milhares de fotografias individuais em formato A5. Prendeu-me particularmente aa atencao os placares com fotografias de criancas. Nenhuma sorria. E as criancas sorriem sempre.
Ficou cinzento e comecou a chover. Naquele Novembro em que caminhei por Auschwitz o dia tambem se alterou. Ficou cinzento e comecou a chover.

terça-feira, 25 de agosto de 2009

Diarios de uma motocicleta

Em 3 dias eu e o Sinan fizemos mais de 900 Km. O primeiro dia comecou com uma pergunta enigmatica: "Pecisas de capacete?" (aqui no Cambodja apenas o condutor tem de utilizar capacete e pouco importa quantas pessoas vao a pendura). Olhei em volta e nao vi a Delia. A resposta saiu com firmeza: "Nao obrigado".
O Cambodja rural iria ser descoberto assim. Cabelos ao vento e sorriso pronto. A razao principal para esta viagem era ver uns templos em locais remotos e de dificil acesso. Na verdade, o que mais me motivava, era fazer o caminho em si. Poder ver as gentes longe das cidades.
Comeca a ser frequente nesta minha viagem, mas mais uma vez, fui brindado com muitos acenos alegres e curiosos. Desafiei os olhares que encontrei com o esbocar de um sorriso. E fui sempre correspondido.
Na chegada ao primeiro templo muitas criancas correram para mim. Aos poucos foram se apercebendo que eu nao iria comprar nada. Ficaram apenas 4 resistentes. Com mais uma jovem guia, formamos assim um pelotao de 6 pessoas.
Eu armado de maquina fotografica, a guia munida de conhecimento e as
criancas carregando cachecois. Finda a visita ofereci Coca-Colas aas criancas e sentei-me a conversar com as pessoas dali. Algumas pessoas deram-me o seu numero de telefone. Nao sei bem porque, mas assim foi. E eu fiquei contente.
Ao segundo dia ja eu tinha mudado de cor. O po vermelho da terra batida foi ganhando espaco no meu corpo. Mas continuei bonito mesmo assim a saber pelas pessoas que fui encontrando. As mulheres gostavam particularmente do meu nariz. O Sinan ia fazendo as traducoes possiveis. E todos nos riamos ao mesmo tempo. O templo desta vez era numa montanha. Fortemente armado pelo exercito do Cambodja. Hilariante ver as trincheiras

a utilizar as paredes do templo. Mas tem de ser. A
Tailandia comeca dali a 100 metros e o seu governo quer controlar este templo Cambodjano.
De noite ganhei um peluche e um champoo a atirar setas numa especie de romaria que encontramos. O Sinan queria comprar-me um souvenir pelo facto de eu lhe ter dado o peluche e o champoo, mas como lhe disse:"o facto de me teres convidado para jantar na tua casa ee o melhor souvenir possivel". O terceiro dia foi o regresso, com mais um templo fascinante e a ida aa pobre cabana onde vive a sogra do Sinan. Foi talvez o local mais triste em que estive em toda a minha vida. Mas a vida tambem ee alegria. E comecou cedo o convivio com os outros motoristas. Entre cervejas e sapos fritos (apenas comi 4 pois ja tinha experimentado 16 ao almoco)fiquei a saber que era o primeiro turista a ser convidado para tal serao. Comemorei tal facto com o patrocinio de mais cervejas e mais sapos. Depois fomos para casa de um comer e beber. Depois fomos a casa de outro comer e beber. Depois...ficam as saudades desta gente. Mais um autocarro e outra cidade a descobrir.

Nota final: O guia Lonely Planet faz a seguinte ressalva: "nem sequer pense em fazer esta viagem na epoca das chuvas". Como o Sinan disse quando regressamos aa cidade: "Tiveste muita sorte. Ee muito raro haver 3 dias seguidos sem chuva".

quinta-feira, 20 de agosto de 2009

One in, one out

Ser viajante de pe descalco tem algumas vantagens. Hoje tive Angkor Wat quase so para mim. A massa de turistas veio ver o nascer do sol e depois regressou ao hotel para o pequeno almoco. 5h da manha e ja eu andava de cabelos ao vento em cima da mota habitual. Mochila as costas hoje com algum peso acrescido: 2 chamucas, 2 macas, 1 pacote de bolachas e 1 sumo de laranja.
Enquanto caminhava ocorreu-me pensar na democracia. Ee certamente o melhor sistema politico, mas pensar que o Cristo Redentor no Rio de Janeiro, foi eleito uma das novas maravilhas do mundo (conseguindo assim mais destaque, publicidade e dinheiro) da-me vontade de rir. Angkor Wat ee de um campeonato muito superior ao carioca. Nao tem sequer comparacao. Mas a democracia ee assim. Quem tiver mais votos ganha (o bush tambem ganhou duas vezes). Claro que joga tudo em igualdade de circunstancias: 14 milhoes de Cambodjanos para 192 milhoes de Brasileiros. E a Internet aqui abunda...
Sangue tambem nao ha muito por aqui. Especialmente no hospital das criancas. A febre hemorragica provocada pelo dengue ee um problema muito serio por estas bandas. Dei 300mL e tive direito a uma t-shirt, uma fanta e uma caixa de bolachas. Ee um excelente negocio. Ate me fizeram o jeito pois eu estava a sentir-me um pouco pesado devido ao meu suculento pequeno almoco. Mas mais uma t-shirt ee um problema para quem viaja. A mochila nao cresce. Decidi reciclar mais uma vez. Guardei a t-shirt e ofereci umas calcas...compradas ha dois dias :)

quarta-feira, 19 de agosto de 2009

Angkor

Segui os sons que ouvi. Uma musica tranquila ecoava do outro lado do templo. Encontrei-me perante o primeiro (dos inumeros) grupo musical composto por vitimas de minas terrestres. Observei proteses e begalas em pleno convivio com os instrumentos musicais. Cegos, desfigurados, amputados! Continuei o meu caminho (como o mundo sempre faz) na descoberta destes templos inacreditaveis. Sempre acompanhado pela cadencia arrastada da musica que tinha ouvido. Ja nao a conseguia ouvir, mas ela ainda me acompanhava.
Nao sei o que pensar das criancas. Rotas, descalcas, magras. Com cara de choro para o turista se comover ainda mais. "Quando voltares compras-me a mim, esta bem? Nao te esquecas, sou a numero 5". E assim comecei as compras no Cambodja. Ja tenho de tudo um pouco, e mais uma vez, nao preciso de nada. Ontem comprei uma coca-cola a uma crianca com tracos de vendedora profissional. Ee impossivel comprar a toda a gente, mas naquele preciso local, eu apetecia-me ajudar outra crianca tambem. Tinha uma candura no olhar magnetica. Se ela me tivesse abordado primeiro, teria sido a ela, que eu teria comprado o refrigerante. A crianca ja tinha percebido que eu nao lhe ia comprar nada, mas continuava a caminhar ao meu lado a conversar. Abri a coca-cola, dei um gole e passei-lhe a lata para as maos. Ela nao disse nem uma palavra e apenas olhava em volta como para perceber se a cena estava a ser real. E depois...o seu sorriso veio em toda a dimensao.
Para alem de continuar a minha exploracao de Angkor, hoje fui a um museu. Nao um museu qualquer: Cambodia's Land Mine Museum. Caminhei por entre placares explicativos do genocidio que aqui se viveu. Ou talvez ainda se viva, tendo em conta as 3 a 6 milhoes de minas ainda activas, e que ceifam centenas anualmente. Durante estes 3 dias vi muita coisa triste no meio destes templos inspiradores, mas nenhuma dessas coisas, me fez particular impressao. A vista habitua-se com o tempo. Apenas vacilei com uma coisa. Um placar que o museu tem no qual se pode ler os direitos da crianca proclamados pelas Nacoes Unidas. Lembrei-me de tudo o que vi e nao deixei de me emocionar mesmo ali.


segunda-feira, 17 de agosto de 2009

Lar

Creio que a curta paragem para dormir que hoje se vive nos aeroportos tem os seus dias contados. Os ventos de amanha trazem 24 horas ininterruptas de aterragens e descolagens. Basta ver pela minha madrugada de hoje no aeroporto de Kuala Lumpur. Centenas de pessoas passam as horas previas ao voo matinal no terminal do aeroporto. Observa-se de tudo um pouco: pessoas estiradas a ocupar seis lugares, gente a dormir dentro do saco da prancha de surf, malta enfiada em restaurantes a trincar qualquer porcaria, e, tipos como eu, estendidos ao comprido no chao, a ver a banda passar. Todas estas pessoas estao a perder o seu tempo. E essa ee a razao principal que me faz acreditar que o mundo aeronautico ira alterar-se a curto prazo. Nem que para isso se tenha que deslocar as pessoas que vivem na vizinhanca do aeroporto.
Recordo que numa noite em Sydney vi um classico do cinema Australiano. Era uma comedia hilariante a respeito de varias familias que tinham de ser deslocadas para o aeroporto poder ser ampliado. O aeroporto nao conseguiu levar a melhor. O argumento do advogado das familias foi por demais delicioso: existe uma grande diferenca entre uma Casa e um Lar. Uma Casa nada mais ee que cimento, madeira, tijolo e tinta. Um Lar ee afeto, memorias, gargalhadas e comunhao. Curioso o facto de o mundo ocidental ter inventado o conceito de Lar de Idosos. Nao estaremos a querer dizer Casa de Idosos? E isto agora leva-me a pensar noutra coisa: Pais e Filhos. Por estas bandas as familias sao numerosas e praticamente toda a gente vive debaixo do mesmo tecto. Todos tomam conta de todos. Mais a Oeste, as familias sao cada vez mais pequenas. Os pais podem tirar ferias sozinhos e os filhos calcam reebok pump. E a poupanca reforma ja a pensar no lar da terceira idade.
Poderao os ossos ganhar algum descanso do reumatismo...mas a chama do olhar apaga-se tristemente...! Talvez o conforto de toda uma vida apenas se consiga com outros materiais de construcao. Como aqueles que por aqui se ve...barro, seixos, bambu...Pode ser que nao...

domingo, 16 de agosto de 2009

A vida do arrozal



O primeiro dia de trecking terminou numa pequena aldeia chamada Pa'Lungan. A primeira noite foi passada na casa do Filipe. Para alem de guia, e como toda a gente por aqui, cultiva arroz. Antes de principiarmos o segundo dia de trecking acompanhei o Filipe a mudar o bufalo de posicao. Ainda mal tinhamos chegado ao arrozal e ja eu tinha enfiado uma perna ate ao joelho na lama para deleite do Filipe. As suas risadas ecoavam por entre as baforadas de fumo do seu terceiro cigarro e do esforco monumental de arrastar o bufalo no meio da lama: "Se nao o mudar de sitio ele morre aa fome. Hoje vai comer aquela parte e amanha a minha mulher vai muda-lo para ali". Nao consegui fazer com que o Filipe deixasse de fumar, mas certamente nunca me esquecerei de ver as criancas de Pa'Lungan na casa dele a ver televisao. Ee a unica casa com televisao da aldeia e as criancas aa sexta e sabado passam la o dia enfiadas. Domingo ee dia de caminharem 4 horas de volta a Bario onde passam a semana na escola. Ee esta a vida do arrozal.

Bario

Foi um pequeno aviao que me levou ate Bario aonde fui encontrar os longos lobulos oculares do povo kelabit. Descobri as suas longhouses e o modo tradicional como ainda se vive por aqui. Distribui acenos e sorrisos e comi o melhor ananas da minha vida. No trecking de 3 dias que realizei por entre floresta tropical tive por companhia a Ines e a Sophia. Mais duas cidadas do mundo com historias fascinantes para contar. A primeira foi para a India com apenas 21 anos e conseguiu arranjar fundos suficientes para construir um centro social numa pequena comunidade rural. Hoje com 37 anos, e depois de ja ter corrido o mundo, continua a desafiar-se com projectos sociais. A segunda de apenas 24 anos, decidiu vir fazer o internato geral para uma pequena cidade da Malasia, pela aprendizagem que aqui podera conseguir. Nao so pelas rigidas regras que uma nacao muculmana obriga, mas principalmente, pela possibilidade de trabalhar num sistema de saude, bem distinto do europeu.

quinta-feira, 6 de agosto de 2009

Selva


Os proximos dias que se avizinham nao serao faceis. Hoje corri todas as lojas de desporto de Miri na esperanca de encontrar meias anti-sanguessugas. Pelos vistos so em lojas da especialidade, o que aqui nao se encontra. Curioso o facto de a verdadeira selva se encontrar a poucos Km de onde estou, e no entanto ter de ir a uma mega capital, para encontrar o material necessario para estas expedicoes.
Ontem foi apenas o aperitivo. O trecking que fiz no parque nacional de Bako foi muito cansativo. A humidade e o calor sao inacreditaveis. Fiz 11,4 Km em cerca de 5 horas. Creio que esta performance diz bem da dificuldade das caminhadas. Pelo meio macacos atrevidos, cobras em passo rapido e aves barulhentas. Rios barrentos e praias desertas tambem.
Amanha apanho um bimotor para ir para a selva profunda. Serao 4 dias de trecking nas Bario Highlands. Sanguessugas sao garantida. Ja nao me bastava servir de pista de aterragem para os mosquitos...Enfim, podia ser pior.
Sao 15h e vou ja dormir. As 14h de autocarro que me trouxeram ate aqui deixam as suas marcas...enfim, podia ser pior.

domingo, 2 de agosto de 2009

Uma conta para pagar


Hoje paguei a conta mais divertida da minha vida: 1 noodles chili + 1 ice tea + 1 towel. Basicamente o "1 towel" diz literalmente respeito aa toalha de mesa. So fiquei sem perceber se o mesmo se aplica a toda a gente, ou se foi so a mim. Caramba! Ainda sou um principiante a comer com pauzinhos e o raio da massa escorregava como enguias! Nao tenho grande culpa que alguma tenha ido aterrar na toalha!
Existem outras contas a pagar neste mundo. Pergunto-me da razao de muitas delas. Nestes paises muculmanos salta demasiado aa vista a condicao das mulheres. Da-me calafrios cada vez que vejo uma burca. Nao consigo evitar recordar o livro Mil Sois Resplandecentes ou o filme Persepolis. Ainda hoje fiquei a admirar um casal junto das Petronas Towers. Ele de calcoes e t-shirt. Ela coberta de preto da cabeca aos pes. Ele super descontraido a admirar a vista e a tirar fotografias. Ela super concentrada em estar sempre junto dele e com o olhar cabisbaixo.
Cada um com as suas contas a pagar. Eu paguei ao empregado de mesa. Esta mulher paga a quem?

Para Sul


So me da vontade de rir. Ee constante a mudanca de planos que esta viagem esta a ter. A culpa desta vez ee das minha colegas da AstraZeneca da Malasia, Angie e Su Lyn. Ontem levaram-me a conhecer Melaka. Mais um porto de chegada das nossas armas. Ee uma sensacao fantastica poder tambem aqui ver a presenca dos portugueses. A cereja em cima do bolo estava guardada para a parte da tarde quando fomos conhecer o Portuguese Setlement. Nao queria acreditar que poderia haver alguem a falar portugues por estas bandas, mas enganei-me completamente. Conheci um velhote chamado Pedro Silva que falava bastante bem portugues. Tendo em conta que deixamos Melaka no seculo XVI, ee notavel ainda encontrar pessoas com nomes portugueses. A lingua portuguesa que aqui encontrei ee um misto de varias linguas. As casas tambem chamam bastante aa atencao, pois muitas delas, tem uma imagem de Nossa Senhora de Fatima na fachada principal. Partilhei o jantar com as familias da Angie e da Su Lyn. Eramos quase 30 pessoas e toda a gente queria tentar dizer o meu nome. Saii de la de barriga cheia por varias razoes: hospitalidade, comida e plano tracado. A minha ideia era rumar a norte atraves da Malasia Peninsular rumo aa Tailandia. Afinal vou apanhar mais um aviao para sul. Terca chego ao Borneo da Malasia.