quinta-feira, 12 de novembro de 2009

Mar impossivel

Cheguei ha pouco a Singapura e acabo de sair de uma sala de cinema. O argumento nao era novidade: a Natureza dita as suas leis e o mundo como o conhecemos ee destruiido. Uma das cenas ee passada na Capela Sistina com o seu magnifico tecto a desfazer-se em pedacos. Como se fossem as minhas dez mil pecas que juntei nuns meses de Outono. Cada experiencia vivida ee uma peca do puzzle que todos noos somos. Somos barro e nao pedra. Vamo -nos moldando com o passar do tempo ha medida que as pecas se juntam. Todas as pecas do puzzle sao singulares. Os mais obtusos dirao que certos puzzles sao uma monotonia ou porque tem demasiado ceu ou demasiada areia como nesta fotografia. As pecas podem parecer iguais, mas sao sempre diferentes. Cada uma apenas ocupa um determinado lugar. Nestes dias que antecedem Timor acumulei mais algumas experiencias. Em Mui Ne lutei contra um mar impossivel numas aulas de windsurf e de surf. As condicoes metereologicas eram pre-tufao e so tive as aulas porque o instrutor percebeu o quanto era importante...para a minha famila. Passei a grande maioria do tempo debaixo de agua o que nao ee propriamente o objectivo destas modalidades. Na onda em que fui arrastado por mais tempo lembro-me perfeitamente de pensar vais ver que mais 2 ou 3 secundos e isto acaba. Assim que consegui por a cabeca fora de agua ouvi novamente "waaaaaaaave".
A recepcao no aeroporto de Phu Quoc Island nao poderia ter sido melhor. Mais uma partida aa boa maneira espanhola que me fez rir aas gargalhadas. Ja para nao falar das plumas que tinha o rapaz que me foi buscar. Uma ilha ainda paraiso, mas com o conceito resort ja a bater aa porta. Mas ainda ha espaco para as comunidades rurais que sempre nos alimentam o ego a cada paragem.
Ha depois o regresso aa cidade grande. Desta vez Ho Chi Minh City, para sempre eternizada nos filmes de Hollywood como Saigao. Os 5 milhoes de motas em circulacao nao convidam o peao a atrever-se a sair de portas. No intervalo de um dos meus passeios, li uma noticia que me deixou completamente perplexo: um famoso jogador de golf foi apanhado com doping. Depois fui conhecer o War Remnants Museum. As fotografias da guerra do Vietname contrastam abissalmente com a noticia que abalou o mundo do golf. A unica coisa que compartem ee o facto de ambas lidarem com quimicos. Estas tristes fotografias repetem-se diariamente em muitas partes do mundo e nem por isso chegam a ser noticia. Mas o doping no mundo do golf ee sem duvida uma preocupacao a ter. Nem imagino o que teria sido se o doping tivesse chegado ao bilhar livre. Talvez seja preciso aumentar o numero de cabos electricos para criar um Homem mais iluminado.













3 comentários:

Anónimo disse...

E se chegar aos matraquilhos? Decerto aí vai ser o caos. Já pensaste quereres meter a moeda para jogar, e estar entupido com droga? Para lá caminhamos se continuarmos a olhar e a não ver. Bjs Mã

Nome de bicho disse...

Hey meu irmão!!

Acho que aqui neste jardim à beira mar plantado, o único escândalo de doping que me assusta é alguem trazer um garrafão de vinho martelado para um torneio de malha!
Jogo que aliás vamos marcar para quando chegares...

Vai dando notícias, manda mails, vê o meu blog... algumas coisas engraçadas aconteceram desde que comunicamos a última vez... e gostava que tivesses cá para bebermos um bom vinho e comermos um bom queijo e falar sobre "as coisas da vida"...

Grande abraço,

Patrick

Anónimo disse...

E mais uma vez os puzzles voltam à baila!! ;)
Beijos

Nini