segunda-feira, 1 de fevereiro de 2010

Prova de esforço

Nem todas as provas de esforço precisam de um médico e de eléctrodos. No mundo dos afectos apenas precisamos de uma passadeira rolante para fazermos a nossa própria prova de esforço. Somos nós os nossos próprios clínicos e sensores. A passadeira rolante, nada mais é, do que o conjunto de vicissitudes da passagem do tempo por nós. Ao longo da vida somos muitas vezes confrontados com situações que requerem uma prova de esforço. A grande mairia das pessoas não tem essa consciência. Preferem arrastar-se doentes no mundo dos vivos, a arriscar um uppercut que as poderá levar novamente ao tapete. Existem no entanto pessoas que tem a coragem de realizar uma prova de esforço. A duração de cada uma depende do problema a avaliar e da capacidade que cada um tem para lidar com o mesmo. Perante o mesmo problema, algumas pessoas claudicam ao fim dos primeiros metros enquanto que outras resistem um pouco mais. Mas toda a gente cai. Mais ou menos vezes. As quedas na passadeira podem ser muito dolorosas e fazer tinir o sino da derrota, do desânimo e da perda de confiança. E acima de tudo, do medo de voltar ao mundo de fantasmas aonde nos encontavamos. De passar por tudo outra vez.
A busca da felicidade é a audácia de saltarmos para cima da passadeira. Independentemente das quedas que certamente nos esperam. E estar preparado para tombar novamente, é estar preparado para o dia em que não vamos cair. Para o momento em que vamos correr já sem sentir o chão por baixo dos nossos pés. E aí o sorriso volta. E com o regresso do sorriso, todo um mundo novo a descobrir :)

1 comentário:

Unknown disse...

http://sorisomail.com/img/passadeira.jpg

;)